domingo, 3 de novembro de 2013

Diário de Bordo #33: 2 anos na Australia / Journal #33: 2 years in Down Under



Muita coisa aconteceu nesse tempo todo. E lá se vão 2 anos.

Vou responder algumas coisas por aqui antes do próximo post onde vou contar um pouco dos altos e baixos que rolaram durante este 1 ano longe do blog.

Bom, aí estão algumas respostas às perguntas que eu tenho certeza que muitos têm vontade de fazer:

1.  Não, você não vai estar super fluente na língua inglesa mesmo morando 2 anos fora num país onde a primeira língua é o inglês.

2.   Sim, você vai continuar falando inglês com sotaque. Você não vai estar falando como um nativo em dois anos morando num país de língua inglesa.

3.  Não, não estamos de férias. Só porque a maioria das fotos que você vai ver dos seus amigos ou parentes que moram foram são de lugares maravilhosos, não significa que estamos de férias.

4.  Sim, trabalhamos tanto quanto trabalharíamos se estivessemos nos nossos países. Talvez até mais. Acho que mais.

5.  Não, não existe preconceito se você trabalha como garçon, pedreiro, motorista, faxineiro, babá, caixa de supermercado. Inclusive são empregos super bem pagos.

6.  Sim, é fácil encontrar trabalho.

7.  Não, não é fácil encontrar trabalho na sua área de formação acadêmica.

8.  Sim, todo mundo que já tem pelo menos uns 4 meses de vivencia no exterior se considera um expert quando o assunto é visto e renovação de visto.

9.  Não, não é barato nem fácil como todos pensam renovar um visto. Menos ainda chegar à Residência Permanente.

10. Sim, a Austrália tem um custo de vida bem alto. Mas é compensado com os bons pagamentos nos trabalhos.

11. Não, cangurus não poderão ser vistos livremente nas ruas.

A lista é grande, e tenho certeza que as perguntas também. Porém, só vivendo aqui pra poder entender melhor. Mas enquanto eu puder, eu vou contando as histórias.

Caindo no Mundo de volta!

Até a próxima ;)

------ENGLISH VERSION------

So many things have happened since I first arrived here in Australia.

In this post I am going to answer to some questions before telling, in the next post, about the ups and downs that happened since the last time I posted in the blog.

Well, there we go with some answers to the questions that I am sure that many people feel like asking:

1.    No, you are not going to be fluent in English even though you are living 2 years in a country, which the first language is English.

2.    Yes, you will remain with your accent while speaking English. You are not going to be speaking like a native after living 2 years in the country.

3.    No, we are not on holidays. Only because the majority of pictures that you see from your friends of relatives who are living abroad are from stunning places, it doesn’t mean that we are all on holidays.

4.    Yes, we do work as hard as we would be working whether we were in our homecountries. Maybe more. I think that way more.

5.    No, there’s no discrimination if you’re working as waiter, labour, driver, cleaner, babysitter, teller in the supermarket. Actually, those are all well paid jobs.

6.    Yes, it’s easy indeed to find a job here.

7.    No, it’s not easy to find a job in your field of qualification from Uni.

8.    Yes, everybody who’s been living abroad for at least 4 months thinks that they are expert when it comes to visas and extending visas.

9.    No, it’s neither cheap nor easy as everybody thinks when you are planning to extend you visa. It’s even more expensive and harder to become a Permanent Resident.

10. Yes, Australia has a really high living cost. However, it is compensate for the well-paid jobs.

11. No, you won’t be able to see kanguroos jumping freely on the streets.

The list it’s bigger than that, but I’m sure that the questions are too. However, only by living here to understand better what it is. But as long as I can, I will be keeping telling my stories here.

Caindo no Mundo is back!


See you ;)

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Diário de Bordo #32: Sydney in Time Lapse


Depois de um ano sem postar, mas com intenções de voltar em breve a contar as histórias e minha perspectiva sobre este país incrível, deixo aqui pra vocês um vídeo feito pelo meu amigo Sophian Ferey com imagens espetaculares de Sydney, essa cidade que me encantou, me encanta e não me cansa. Viva, linda e com zilhões de lindas paisagens.

Divirta-se!

See you!

domingo, 14 de outubro de 2012

Diário de Bordo #31: Vivendo meio a Mochileiros



Vou contar um pouco da experiência de viver em um albergue.




No ultimo diário de bordo, relatei que eu já estava morando num Backpacker onde o meu amigo Valério havia encontrado vaga e um quarto só com dois lugares.
A questão é a seguinte: na maioria dos albergues encontram-se pessoas que estão apenas de passagem, querem acomodações baratas, possibilidade de fazer amizades e uma localização que possa lhes dar a oportunidade de se locomover na cidade com o menos custo possível. Além do que, por conta desses detalhes, a maioria dos quartos são pra de quatro a oito pessoas no mesmo espaço. Existem albergues com mais dez camas no mesmo dormitório. Barato! Mas muita gente.
Bom, estávamos morando na Kings Cross, o que eu posso comparar com uma mistura de Guaicurus com a rua Piuhm-i, se fosse em BH. Ou seja, um lugar com muitos bares e baladas, mas também com muitas, digamos, moças-a-trabalho. No entanto o albergue onde estávamos morando ficava na rua de trás da bagunça e às vezes nem percebíamos que estávamos morando no meio de tanta bagunça devido ao sossego daquela rua.
Escolhemos um quarto em que pudéssemos ter privacidade e local para descanso, uma vez que ambos já estávamos trabalhando e com foco em Sydney.
Mas como a diversidade é muito grande e a maioria das pessoas ali estão de passagem pra conhecer a cidade e em seguida continuar a viagem, tem programação todos os dias. Todo o dia à noite tinha uma balada pra ir. Sempre com entrada gratuita e uma bebida gratis.
O ponto positivo nisso tudo é o fato de que o albergue é um ambiente social em que podemos conhecer um mundo de gente diferente e ainda fazer boas amizades.
Mas acontece de tudo: gente chegando bêbada de madrugada, trocas de quartos no meio da noite, festas privadas em outros quartos, comemorações das vitórias durante as Olimpíadas, cozinhando comunitariamente, briga com expulsão de um dos moradores, ambulância para socorrer uma garota passando mal… isso tudo em apenas 5 semanas morando no Backpacker.
Intenso! Mas é tempo suficiente pra se viver em um albergue. Mais que isso é loucura eu acho. Mas uma experiência muito válida, ainda mais pela diversidade cultural.
Só fui falar português dentro do albergue com a chegada do meu primo aqui em Sydney, que veio pra ficar no mesmo local até encontrarmos uma casa pra morarmos.
Mas isso é história pro próximo capítulo.
Logo mais tem mais.

See you!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Um pouco sobre Sydney - A bit about Sydney

Já há um tempo não atualizo as coisas por aqui. Mas não foi por preguiça ou porque eu não tinha assunto. Na verdade é que as coisas aqui em Sydney são bem diferentes das coisas em Brisbane. Mesmo porque eu tive que começar quase tudo do zero e ainda ter que me adaptar a uma cidade 5 vezes maior que Brisvegas. O ritmo aqui é outro totalmente diferente. Mas já tenho uns tópicos pra comentar e atualizar em breve aqui no CAINDO NO MUNDO. Mas, por enquanto, vou deixar um vídeo que encontrei e conta um pouco sobre Sydney. No entanto, o vídeo é em inglês. Pra aqueles que quiserem se arriscar a praticar um pouco o seu listening, está aí uma boa chance.


For those ones who would like to understand and get to know a little bit about the amazing city of Sydney, I recommend the video attached above to be entertained  with this tour guide.
I have chose living here for some reasons, but I'm getting so into this city that is difficult to explain just with words.
Therefor, try to explain by yourself.

This is Sydney.

See you

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Diário de Bordo #30: Resumo da Ópera


Está aí! Este vídeo é um resumo das aventuras que vivi durante minha temporada de 7 meses e meio em Brisbane. Infelizmente não pude colocar todos vídeos que tenho, e que mostram várias outras aventuras, por problemas técnicos de incompatibilidade de arquivos com o software que utilizei.
Agora as novas aventuras serão em Sydney e espero em breve poder colocar tudo em um vídeo novamente.
Mais uma vez agradeço a todos aqueles que fizeram e ainda fazem parte desse sonho que é esta experiência maravilhosa de conhecer pessoas do mundo todo e ter que me virar pra poder fazer as coisas acontecerem!
Logo mais tem mais!


See you!

Diário de Bordo #29: Começando do Zero de Novo



(Sydney – New South Wales)


Bom, desde que cheguei em Sydney vinha morando na casa da Ju que me quebrou um galhão e deu a maior força pra mim e várias dicas sobre a cidade e onde são os melhores lugares pra poder encontrar moradia e até mesmo trabalho. Daí, passado uma semana, a Emily, housemate da Ju, havia saído de casa pra ficar uns dias na casa do namorado e me ofereceu o quarto dela por uma ou duas semanas, dependendo da minha necessidade. Mas, é claro, não de graça. Acabei pagando em torno de uns 60 a 70% do valor que ela paga pelo quarto. No final das contas foi até uma boa negociação, visto que a localização era ótima, ainda estaria morando com minha amiga que sempre me deu muita força e morando em um apartamento muito bom.
No meu segundo domingo de Sydney fui me encontrar com o Daniel do Valle, que estava praticando um pouco de fotografia no Chinese Garden. Lugar lindo bem no coração do centro da cidade.
Após várias fotos e uma boa caminhada, sentamos em um bar no The Rocks pra poder tomar uma cerveja. Mas como sentamos em um bar alemão, uma cerveja significa 1 litro de cerveja em um único copo. Hahaha! Sensacional!
Recebi uma ligação da Ju, enquanto ainda estava no bar, dizendo que o Rob Logan havia convidado a gente pra um jantar na casa dele.
Bom, só pra recaptular, caso eu ainda não tenha mencionado, um dos motivos de eu ter vindo aqui pra Sydney foi o fato de que sendo uma cidade maior a possibilidade de encontrar mais trabalho, inclusive em minha área de formação, é seria maior do que estando em Brisbane, e Rob é o amigo da Ju que tem uma agência de publicidade aqui, cujo fiz uns trabalhos pra ele em janeiro e existe uma possibilidade de trabalhar em uns outros projetos pra agência dele.
Por isso, assim que recebi a ligação da Ju falando do jantar, eu não poderia faltar de forma alguma. Não cheguei a comentar sobre trabalho até o momento em que ele mencionou o assunto e me chamou pra uma reunião no escritório dele no final da semana. Beleza! Contatos começando o funcionar.
Independente do que eu houvesse planejado em me inscrever em trabalhos pela internet ou até mesmo nesta oportunidade com o Rob, teria que continuar tentando trabalhos em hospitalidade, o que significa trabalhar em bares, restaurantes, pub’s e afins. É o tipo de trabalho mais fácil de se encontrar por aqui e o que pode garantir o pão nosso de cada dia. Daí, tive que fazer o RSA novamente, pois o que eu tinha feito em Queensland não vale para o estado de New South Wales. Mas tudo tem um propósito. Lá no curso, acabei conhecendo uma brasileira que mora aqui há 32 anos, foi casada, tem filhos aqui, já teve restaurante famoso em Sydney…enfim, uma pessoa muito interessante. Como ela tinha ido ao Brasil e ficou por lá os últimos dois anos, quando voltou pra cá e voltou a trabalhar para alguns amigos, ela teve que fazer o curso também para que eles não tivessem problemas com fiscalização.
No final do curso, acabei descobrindo que ela, a Kátia, conhece a Ju e fomos tomar um café após o curso. Ela me contou que seus filhos são donos de uma pizzaria e que iria me indicar pra eles pois eles precisavam de mais uma pessoa trabalhando pra eles. Opa!!! Sabia que as coisas não acontecem por acaso.
No dia seguinte já fui na pizzaria pra fazer um teste e treino. Bom que pude falar português com os filhos da Kátia, gente boa aparentemente, apesar de terem um pouco de dificuldade e sotaque forte, mas são bem rigorosos com o negócio deles. Não sabia ainda quanto iria receber, mas fiquei sabendo que ainda teria mais 3 dias de trabalho conforme um dos donos. Ótimo!
O problema foi que no final das contas, de todos os trabalhos que fiz na pizzaria, tirando as taxas e impostos, não pagam nada bem. Mas, no princípio tenho que me contentar com qualquer trabalho pois o negócio é ter dinheiro.
Como a idéia agora aqui em Sydney é tentar encontrar mais possibilidades de trabalho e estar aberto para várias oportunidades, além de tentar juntar um pouco mais de dinheiro, resolvi fazer o curso para poder trabalhar em construção. Isso mesmo… ser pedreiro na Austrália. Mas, por aqui, paga-se muito bem neste tipo de trabalho. Mais até que em restaurantes e em alguns casos, mais até que em alguns trabalhos de escritório. Ééé!!! Isso mesmo!!!
Como o namorado da Ju, o Ben, trabalha em construção e havia me dito que em algum momento poderia rolar de trabalhar com a equipe dele, queria estar preparado para poder trabalhar e ganhar grana o mais rápido possível.
Bom, o curso é mais uma palestra sobre segurança no trabalho e certificar os alunos de que todos receberam as informações corretas para não correrem risco dentro dos locais de trabalho nas obras e que caso algo aconteça, o empregador terá como se defender de que o seu empregado recebeu as informações e estava ciente dos riscos de se trabalhar em construção. No final das contas foi bem interessante o curso, ainda mais que o professor foi bem animado, e ainda o cartão que vamos receber depois vai servir como identidade australiana. Ótimo!
No final da semana acabei indo na agência do Rob pra conversar com ele. Na verdade não vou trabalhar pra agência dele. Vou ajudá-lo em um projeto cujo qual necessita de conhecimentos em português para que tudo dê certo. Então, caso o projeto funcione eu ganho uma grana e caso não funcione, valeu pela experiência. Bom, bola pra frente!
Meus amigos Jeremy e Julian, franceses, vieram visitar Sydney por alguns dias e combinamos de nos encontrar e dar uns passeios por aqui. Coincidência foi que no meio backpacker em que eles estavam hospedados, estavam também o Diego e a Victória. No princípio da noite fiquei no bar do backpacker com eles pra socializar um pouco e saber das coisas de Brisbane. Mas na verdade a grande maioria da nossa galera que chegou aqui no final do ano passado já estão marcando de ir embora ou já se foram.
Minhas aulas já começaram por aqui na primeira semana de julho. As coisas parecem bem confusas e o curso mesmo a maioria da galera só se inscreve pra fazer pra poder prorrogar o visto. Sendo assim, não tem muita coisa boa pra fala, pelo menos por enquanto.
Como venho me inscrevendo em várias oportunidades de trabalho desde de que cheguei aqui, em uma dessas me ligaram e marcaram uma entrevista. Até fui lá, mas além do trabalho ser voluntário, é um programa que envolve custos. Não estou no momento pra ficar pagando nada agora. Mas a moça que me entrevistou me disse que gostou muito do meu currículo e vai pedir pra Diretora Chefe dela me ligar quando possível.
Meu amigo Valério Politanó, que trabalhou comigo em Brisbane, chegou já tem uma semana. Nossa idéia é ficarmos num backpacker por algumas semanas até encontrarmos um local pra morar.
Consegui um trabalho com o Ben em um pub que estão reformando. Acho que nunca me senti tão cansado na vida. O trabalho foi pesadasso. Pegando pedras, tijolos, tirando entulho, quebrando paredes…. Mas, a grana é boa. Por dois dias de trabalho $500.00 na mão. Se rolar mais trabalhos casuais assim por semana já dá uma segurada nas contas. Mas fiquei dolorido por 3 dias seguidos. Eita!
Eu estava marcado pra trabalhar na pizzaria no sábado, mas aí recebo uma mensagem dizendo que nnao era pra eu ir. Fiquei puto, né?! Mas a sorte é que a Márcia, amiga da Ju, me ligou dizendo que tinha uma oportunidade pra trabalhar num café dentro de um estádio. Peguei na hora pra não ficar sem grana, sem contar que é mais um contato de trabalho.
As coisas parecem que vão começar a aparecer por aqui.
Já estou no backpacker com o Valério, caçando mais trabalhos e local pra morar. Tudo questão de tempo.
Logo mais tem mais!

      See you!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Diário de Bordo #28 – Welcome Sydney


(Sydney – New South Wales)

Cheguei na maior cidade da Austrália. Só que ao contrário do ano passado, dessa vez é pra morar.
Vim com o intuito de encontrar um trabalho na minha área e ter novas experiências, com novo curso, nova vizinhança, nova casa, novos housemates… tudo novo.
A princípio vim pra ficar na casa da minha amiga Juliana por algumas semanas. Ela sempre me deu a maior força por aqui e tem me ajudado bastante a encontrar o primeiro trabalho e um lugar pra morar.
As coisas têm se apresentado relativamente positivas. Mas, como bom mineiro que sou, só vou relaxar assim quando trabalho e moradia estiverem resolvidos.
E frio…aqui é pouco. E ainda vai piorar.
Logo mais tem mais.

See you!

Diário de Bordo #27 – Minhas últimas semanas em Brisbane


(Brisbane – Queensland)

Após o término das minhas aulas maio eu teria um mês sem aulas para poder aproveitar ao máximo com os amigos e conhecer um pouco mais desta cidade, fazendo algumas coisas que eu ainda não tinha feito e tentando aproveitar algumas oportunidades.
Andei mais pelo centro da cidade, pelos parques…
Num desses passeios, fomos eu, Jéssica e Haryella pelo rio de Brisbane pra poder ver a cidade por outro ângulo. Tentamos dar uma de brasileiros no barco, usando nossos cartões de estudantes, pensando que nada iria acontecer. Daí, entram os fiscais de transporte publico e pedem nossas identificações. Só que minha carteira de estudante e a da Haryella estavam vencidas, por isso não podíamos andar em transporte publico com tarifa mais barata e o cartão da Jéssica estava vazio de créditos. Ou seja, todo mundo errado. Só que escapamos da multa uma vez que eu conversei com o fiscal, levei no papo, conversei numa boa e tudo. Daí o cara disse que adora futebol, que seu ex-técnico era brasileiro e tudo. Moleza pra nós. Mas, depois disso, não usei mais o meu cartão vencido. Hahaha! Ponto pra Austrália, fazendo a coisa certa e sempre conferindo e fiscalizando o transporte publico.
Conheci o Mount Cootha, que é como se fosse a praça do Papa em BH. A vista mais alta da cidade. E como é linda a cidade que escolhi pra morar na Austrália. Uma vista fenomenal onde dá pra ver o quão verde ela é, e ainda proporciona um linda vista das duas ilhas logo em frente de Brisbane, Moreton e Stradbroke Island, além do aeroporto, área industrial e grande parte do imenso rio Brisbane. E pra subir lá eu e a Rachel fizemos uma trilha bem bacana, de 1,5 km, onde várias pessoas faziam o mesmo. Em seguida, passamos no jardim botânico e observatório da cidade.
Como desde que cheguei aqui na Austrália nunca tinha visto se quer ao menos um Canguru, combinei com a Jéssica, Haryella e Silvia de irmos ao Lone Pine Koala Sanctuary pra poder vermos alguns bichos estranhos, além do próprio Koala e alguns Cangurus. O parquet, que funciona como um zoológico foi criado pra poder tratar de Koalas e poder preservar a espécie. Não vimos a apresentação das aves de rapina, que me disseram que é muito boa, por termos chegado um pouco atrasado, mas podemos ver o tamanho das aves e como são bonitas de perto, pois as tratadoras estavam com elas em seus braços. Mas conhecemos uma brasileira perdida sozinha por lá e já fomos logo fazendo amizade com a Renata. Os Canguros são muito figuras. Existem e várias espécies de Cangurus, mas pra mim eram quase todos iguais. Vi também o Ornitorrinco. Confesso que achei que seria do tamanho de uma foca, mas é bem pequeno. Pequeno também é o Demônio da Tazmania. Mas o bicho é feio, muito nervoso e faz um barulho aterrador. Mas os Coalas são muito bonitinhos. Parecem de pelúcia, mas a garra deles é muito forte. Até tomei um ‘peitinho’ de um quando fui tirar foto com ele.
Comprei tickets também pra ir no jogo classificatório pra copa do mundo: Austrália vs. Japão. Engraçado como as coisas são por aqui, pois australianos realmente não ligam muito pra futebol. Mesmo numa cidade como Brisbane onde fica o time campeão de futebol da Austrália. Ainda caberia mais umas 20 mil pessoas no estádio. Mas o jogo foi bem morno. Japão jogando muito mais técnico e a Austrália parecia jogar pelada das ruins. O final foi 1 x 1. Mas o mais ridículo foi o juiz apitar uma falta no final do jogo, deixar o Japão ajeitar a bola, se preparar, arrumarem a barreira, o goleiro preparado, todo mundo esperando a batida, útlima jogada da partida e…. O juíz apita o final do jogo. Que ridículo!!! Se fosse no Brasil esse juíz não saia inteiro do estádio.
Antes de falar da minha despedida, não podia deixar de falar das minhas meninas: Haryella, Graciane e Jéssica. Poxa… não poderia ter housemates melhores. Além de super atenciosas, animadas, engraçadas e carinhosas, foram companheirássas e ainda por cima, no meu ultimo dia em Brisbane, me fizeram um café da manhã, levaram pra mim na cama e ainda me deram um caderno de presente pra eu poder levar pro churrasco pra que os meus convidados e amigos pudessem assinar. Meninas, mais uma vez, amo vocês!
O churrasco em si foi muito bom! Com certeza tinham mais de 100 pessoas. Tudo bem que eramos eu a Marina e o Paulo César fazendo churrasco juntos, mas tínhamos vários amigos em comuns e só uns poucos eu não conhecia. Engraçado pensar que em menos de 8 meses eu pude conhecer tanta gente assim. Só convidados tinham mais de 200, sem contar os que não tinham facebook e que eu só convidei verbalmente. Poxa…não poderia me sentir mais feliz com tantos amigos e com tantas pessoas presentes. Queria agradecer cada um pessoalmente.
Agora é ver o que Sydney tem pra mim. Minhas amizades de Brisbane vão continuar com o passar do tempo, tenho certeza, mas novas experiências estão apenas por começar.
Logo mais tem mais.

See you!

Diário de Bordo #26 – Resumo de Maio


(Brisbane – Queensland)

Ficamos sem mais um companheiro na casa. E antes do Jorik ir embora, resolvi cozinhar um ultimo jantar em sua homenagem pra que ele pudesse ter uma boa lembraça dos seus housemates quando tivesse de volta na Holanda.
Daí entra uma moça muito figura, a Silvia. Não conseguia parar de rir de mim e da Gra e quando a gente disparava a rir, ela não aguentava e tinha que ir correndo pro banheiro fazer xixi de tanto rir.
Como a casa não dormia antes de 1 da matina e a Silvia é uma pessoa muito zen, não conseguiu seguir nosso ritmo e saiu em menos de duas semanas. Hahaha! A gente é foda!
Acreditei que as coisas no restaurante pudessem melhorar, pois começaram a me pedir pra fazer mais coisas e também pra comprar um abridor de garrafas, além do dono ter me perguntado se eu sabia trabalhar como bartender. Bom, como meu pai teve um bar e eu trabalhei com ele um ano inteiro e fazia coqueteis e drinks, sabendo a receita, estaria tudo tranquilo, uma vez que não precisava ficar jogando garrafas pra cima e ficar fazendo flair.
Porém, algumas coisas começaram a ficar meio chatas. De uma hora pra outra a gerente começou a me tratar de forma diferente e não me dizia ‘oi’ mais, era mais ríspida e só sabia reclamar. Comecei a achar que eles estava estressados por alguma coisa.
Como eu estava trabalhando no bar com outros dois bartenders, um cara e uma garota, que eram completamente retardados; não sabiam o que faziam, conversavam o tempo todo, folgavam nas minhas costas e não ajudavam hora alguma, acreditei que eles começaram a reclamar, uma vez que eu dizia não varias vezes pra eles. Aqui tem muito australiano assim. Eles podem dizer não, mas se ouvirem um não ficam P da vida. Comigo não! Não sou escravo de ninguém aqui.
Em consequência, passei a conversar mais com os meus verdadeiros amigos dentro do restaurante e que já haviam trabalhado em hospitalidade e serviços anteriormente e em outros países. Conclusão foi que ali, naquele restaurante, estavam fazendo muita besteira. Principalmente na gerência. O pessoal só queria saber de beber nas costas do dono, dar bebida de graça pra alguns clientes e o dono que é mais bobo ainda, nem sabia o que estava acontecendo.
Pelo que eu estava vendo aqui como as coisas aconteciam, parece que o sistema de serviço australiano em hospitalidade é resumido em “pressa”. Se você não fizer nada com pressa não é um bom serviço. Isso é muito idiota. Pois colocavam toda a equipe em stress e todo mundo começava a fazer bobagem.
Até que determinado dia, depois de tanto me encherem o saco e se acharem o máximo, resolvi sair no meio do trabalho sem dar nenhuma satisfação. Vim aqui pra estudar ingles e ter uma experiência bacana. Não acho que precisamos ficar nos sujeitando a má educação e super auto-estima de certos australianos. Principalmente porque eu sabia que eu fazia um trabalho excelente e que se eu não estivesse fazendo ou se eu parasse de fazer, o trabalho no bar ia virar uma bagunça. Daí, se acham que era tão fácil ou que eles não precisavam mais de mim, talvez devessem sentir um pouco como seria contar com o trabalho e não ter alguém bom o suficiente pra faze-lo. Deve ser por isso que a rotatividade de funcionários no restaurante é tão alta. Acho que gostam de gente que não trabalha. Por isso. Saí fora!
Mas, de tudo o que acontece por aqui na Austrália, tem sempre algo melhor que no Brasil. Um exemplo é o fato de que determinadas construções que necessitam usar parte da rua ou até mesmo interrompê-la são feitos à noite, quando o tráfego é bem menor ou quase nulo. Uma coisa muito inteligente e que o Brasil deveria aprender e usar com eficiência. Determinadas coisas me dão até vergonha. Pois me lembro do tempo que ficava parado na avenida Cristiano Machado enquanto estavam construindo o elevado Jacuí.
Porém tem seu lado ruim também se você está na vizinhança pois fizeram um barulhão danado pra poder montar o festival da Caxton Street que é na esquina da minha casa. Rolou festa o dia todo neste dia de domingo de festival. Muita comida, bebida, shows, competições….mas só vi em foto que a Jéssica e a Alice me mostraram, pois como fecharam a rua e eu tinha que trabalhar, tive que dar a volta no quarteirão pra poder ir pro trabalho. Foda!
Falando em festival, eu e a Haryella fomos no aniversário do Budah. Fizeram um festival em South Bank que comemorava o aniversário do Budah e mais sobre costumes asiáticos. Muito legal poder ver algumas danças típicas, roupas e a própria cultura.
De um festival pra outro, fui com a Rachel pro festival Grego, que estava rolando em South Brisbane, em frente ao Clube Grego que trabalhei no ano passado e comentei sore casamento grego e tudo. Muita comida e danças típica também, só que grego não é como asiático, então, dessa forma, também muito mais barulhento. Hahaha!
Bom, nesse meio turbulendo de final de abril e maio tive que voltar a estudar de acordo com o meu visto. Daí, depois de ter faltado dois dias na nova escola, a Viva, que também fica na cidade, começo a estudar num novo curso, o IELTS. Não tenho nem muito pra falar, apenas: CHATO PRA CACETE. Só fiz pois antes de vir pra cá tinha escolhido este curso pra fazer, mas que durante meu tempo na Browns, acabei optando por fazer o Cambridge. O IELTS só serve pra quem quer fazer o teste que leva o mesmo nome e que é o mais importante caso você queria estudar em universidade na Austrália ou entrar com pedido de cidadania/residencia junto ao departamento de imigração australiano. Se não….nem chegue perto. Chato. Muuuuito Chato! No entanto, a escola tem uma estrutura muito bacana e ótimos professores. Mas como fiquei muito pouco tempo, não tenho muito mais pra comentar.
Num dia em que estava de folga e puto com o trabalho, resolvi tomar umas com meu amigo Valério, que era o Bar Manager do Cabiria, o bar que fica ao lado do restaurante que eu trabalhava e que é do mesmo dono. Fomos beber umas e falar mal do trabalho, pois ambos estávamos putos da vida. Quando disse a ele que eu estava de mudança pra Sydney, o mesmo se empolgou e disse que estava com esta idéia, pois estava ficando cheio de trabalhar num lugar onde o próprio dono não está nem aí com o negócio que tem. Então, pra comemorar, resolvemos festejar no Down Under. Combinamos que conversaríamos mais sobre o assunto e que começaríamos a olhar as coisas pra acharmos um apartamento em Sydney além de trabalho e contatos.
Tive uma experiência muito ruim que não desejo pra ninguém que está longe da família. No mês de maio, enquanto vârias coisas estavam acontecendo comigo e planejando as coisas pra ir pra Sydney, recebi a notícia de que meu padrinho havia falecido. E a pior parte é quando nunca estamos esperando receber uma notícia dessas. Estar ou não no Brasil não iria mudar nada no acontecido. Mas estar longe da família e não poder dar um abraço, poder falar com a família, dizer e ouvir palavras que pudessem confortar, é muito ruim. Fiquei muito mal por não estar por perto. Isso eu não desejo pra ninguém.
Logo mais tem mais.

See you!